“Ser diagnosticada com vitiligo tão cedo (a minha primeira manchinha apareceu aos 5 anos) mudou minha vida da água pro vinho. Uma mudança tão drástica como essa me fez passar por situações que, só que tem vitiligo, entende. A falta de informação leva a sociedade a nos tratar da forma mais cruel possível e devido a esse tipo de tratamento eu tive que me adaptar aos olhares estranhos, aos buchichos e abordagens invasivas. Crescer assim me fez questionar a falta de empatia com o próximo: como viver em um mundo tão plural que não aceita o “diferente”, o fora do padrão?“
Eliane Medeiros
Eliane é pura inspiração: segura, confiante, real, autêntica.
“Meus questionamentos aliados à choros no banheiro, sozinha, por anos, me fez perceber que ser diferente é lindo e que se a sociedade não enxerga isso, então existe um problema sério que deve ser trabalhado. Depois de anos trabalhando minha aceitação e autoestima, consegui vencer o auto preconceito e, hoje luto, da forma que posso, contra todo e qualquer tipo de intolerância. Reconhecer a beleza do outro na sua particularidade é lindo e eu reconheci minha beleza assim.
O Coletiviti* é a realização de um desejo mútuo de vários vitilindos e estamos aqui para te ajudar da forma que podemos. Se você tem sugestões, dúvidas, curiosidades, fala com a gente. Esse coletivo é pra vocês e estaremos aqui para ser aquele apoio e referência que não tivemos um dia.
Fala com a gente, fala comigo, estamos aqui por vocês! E que o mundo seja colorido, como nossa pele é!
Meu nome é Eliane Medeiros, tenho 21 anos, sou modelo e estudante de Direção de Arte e eu tenho vitiligo e não ligo (inclusive, AMO!)“
*Coletiviti é um coletivo sobre vitiligo e arte. Conheça mais sobre essa iniciativa aqui.